Antes de gritar, experimenta o respirar profundo,
deixe-se envolver pela energia boa que ainda existe no mundo.
Apesar de tantos absurdos, de tanta violência,
somos filhos da persistência,
e gritamos em silêncio: viva a gentileza,
filha da inocência.
E por amor, e só mesmo com amor,
perdoamos, ajudamos, levantamos, oramos,
seguimos pela trilha difícil da incompreensão,
e onde esperam uma pedra, estendemos a mão.
Por isso, não entendemos governantes tiranos,
países onde o apedrejamento é lei,
onde seres humanos são divididos por castas,
onde a pele de determinada cor tem mais valor,
onde o saldo bancário positivo é sinal de classe(?).
onde o saber da velhice é desprezada,
trocada por diplomas sem rugas,
jogada pelas ruas...
Gentileza!
Seja gentil!
Ofereça o lugar,
ofereça o braço,
ceda o espaço,
envolva-se no abraço.
Deixe de lado o discurso fácil dos inconformados,
seja a mudança que tanto espera ver,
para que todos possam crer.
Seja a própria humildade, que se compraz em servir,
sem pensar na recompensa do porvir,
do tempo que passa e diz:
é tempo de ser simplesmente feliz.
Por onde for,
seja o amor.
(Paulo Roberto Gaefke)