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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ingrediente ativo do açafrão é eficaz no tratamento contra esclerose múltipla


Composto conhecido como crocina exerce efeito protetor contra doenças que envolvem neuroinflamação

Pesquisadores da Faculdade de Medicina e Odontologia da University of Alberta, no Canadá, descobriram que um ingrediente ativo do açafrão persa pode ser utilizado no tratamento contra doenças que envolvem a neuroinflamação, como a esclerose múltipla.
"Descobrimos que existe um composto no açafrão, conhecido como crocina, que exerce um efeito protetor nas culturas de células cerebrais e outros modelos de esclerose múltipla. Ela preveniu os danos às células que formam a mielina no cérebro. A mielina é o isolamento ao redor de nervos. A esclerose múltipla é caracterizada por células cerebrais inflamadas que perderam esse isolamento de proteção, o que acaba por conduzir à neurodegeneração", diz o líder da pesquisa, Chris Power.
Power notou que eles ainda não estão perto de um estágio de ensaios clínicos, mas a descoberta mesmo assim é animadora.
A comunidade de pesquisa sabe há anos que a crocina protege os neurônios em determinadas situações, mas Power e sua equipe queriam aprofundar-se ainda mais nesta área.
Sua equipe descobriu que a inflamação e um tipo específico de estresse celular estão intimamente ligados e levam à neurodegeneração e à inflamação que fazem com que as células percam a sua camada protetora - um processo conhecido como desmielinização. Em experimentos conduzidos por Power e seus colegas, o uso da crocina suprimiu tanto a inflamação quanto este tipo específico de estresse celular, resultando na diminuição do comprometimento neurológico em modelos de laboratório e culturas de células com esclerose múltipla.
"Ainda há muitas perguntas a serem respondidas sobre como a crocina exerce estes efeitos neuroprotetores, mas esta pesquisa destaca um papel possível para a crocina no tratamento de doenças envolvendo a neuroinflamação crônica - algo que não havia sido reconhecido até agora", disse Power.
Ele explicou que a pesquisa demonstra um novo mecanismo na esclerose múltipla, fornece novos alvos terapêuticos potenciais no futuro, e ajuda a explicar por que os médicos veem inflamação na esclerose múltipla.
A equipe de pesquisa também revelou que este tipo específico de estresse celular, chamado de resposta a proteínas desdobradas, pode ser causado por um vírus antigo, que foi introduzido no DNA dos seres humanos primitivos. Este estresse celular em particular é encontrado em níveis elevados nas lesões cerebrais da esclerose múltipla.
"Nós todos temos esses vírus antigos em nosso DNA, mas por alguma razão ele é excessivamente ativado na esclerose múltipla. Estamos fazendo mais pesquisas investigando esta ligação",disse Power.
Power vem investigando esta área específica por seis a sete anos.
Fonte: Isaude.net

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