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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Doenças Neurológicas

Doenças neurológicas: especialistas analisam consequências oculares



A nevrite óptica, uma das manifestações da esclerose múltipla, é um dos principais temas da Reunião de Neuroftalmologia, organizada pela Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), que decorre no dia 26 de Fevereiro, no Museu do Oriente, à qual assistirão especialistas das áreas da oftalmologia e da neurologia, avança comunicado de imprensa.


A nevrite óptica é uma inflamação do nervo óptico – o nervo que transmite luz e imagens visuais da retina para o cérebro. Esta patologia pode ser a primeira manifestação da esclerose múltipla e/ou ocorrer no curso da doença. Também pode ocorrer isoladamente (nevrite óptica isolada) e o doente desenvolver ou não a esclerose múltipla.

Além da nevrite óptica, tema central da reunião, será analisada a importância dos exames complementares em neuroftalmologia, analisar a complementaridade entre as duas especialidades e serão debatidos casos clínicos.


Manuela Carmona, presidente da SPO, considera que é fundamental, “a partilha de ideias e experiências entre especialistas que tratam uma mesma patologia. Por exemplo, neste caso, a nevrite óptica é uma doença que afecta os olhos, mas que pode indicar o desenvolvimento de esclerose múltipla, uma doença tratada pela neurologia. Mas esta partilha deve estender-se a todas as especialidades médicas dado que cada vez mais, devido ao envelhecimento da população, nos deparamos com doentes pluripatológicos, que necessitam da intervenção de diferentes especialistas”.

Novos tratamentos para Esclerose Múltipla

Novos tratamentos para Esclerose Múltipla

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

NÃO PARE VENÇA OS LIMITES - Sugestões de exercícios


Sugestões de exercícios

Aqui vai encontrar alguns exercícios simples para alongar e relaxar os músculos cansados. Estes exercícios de baixo impacto são fáceis e flexíveis o suficiente para os fazer em qualquer lugar e em qualquer altura e são uma boa forma de quebrar a rotina do dia-a-dia.

Para fazer o download de uma brochura acerca dos exercícios de fisioterapia indicados na EM, clique aqui: Exercícios de Fisioterapia

Deitado de costas e em posição de relaxamento

Deite-se de costas com os joelhos ligeiramente afastados, em cima de um tapete enrolado. Os seus calcanhares não devem pressionar o tapete, e os joelhos devem estar ligeiramente virados para fora. Respire profunda e calmamente.

Deite-se completamente de costas, de forma a que os seus calcanhares e pernas estejam quase a fazer um ângulo recto com uma superfície dura (ex. duas secções de um colchão, uma em cima da outra).

Relaxar pernas rígidas

Sente-se numa posição relaxada, os braços para trás a suportar o corpo e as pernas sem tocar no chão. Solte as suas pernas, e deixe-as abanar suavemente para trás e para a frente sem fazer esforço.

Exercício de equilíbrio

Sente-se na metade da frente de uma cadeira numa superfície nivelada. A sua cabeça e peito, costas e pélvis, joelhos e pés a formarem uma linha recta. Solte os seus braços. Enquanto sentado nesta posição, puxe os seus ombros na direcção das orelhas e deixe-os cair de novo.

Alongar os músculos das coxas

Sente-se como no exercício 4. Coloque uma segunda cadeira à sua frente e escorregue para a segunda cadeira até que as suas coxas estejam afastadas. Coloque as suas mãos nas costas da segunda cadeira e depois puxe o seu corpo para a frente paralelo às costas da cadeira.

Alongar os músculos da anca e dos quadris

Coloque os seus pés no chão, com os joelhos e os pés distanciados cerca de 30 cm, o seu corpo dobrado para a frente e para baixo. Deixe os seus braços livres entre os seus joelhos. Se o tónus muscular nas coxas for suficientemente bom, os braços podem afastar lentamente os joelhos.

Alongar os músculos da anca e dos quadris (cont.)

Ajoelhe-se no chão e dobre o dorso para a frente de forma a que o abdómen e o peito fiquem em cima das coxas.
Apoie-se com um cotovelo em cada lado, e pressione a palma das suas mãos contra o chão.



Se esta posição de joelhos for desconfortável, coloque uma almofada entre as suas coxas e os calcanhares. 

Alongar os músculos da perna e costas

Deite-se de costas com uma almofada na cabeça, e puxe os seus joelhos contra o abdómen. A cabeça e as costas devem permanecer imóveis.

Com a ajuda de uma segunda pessoa

Deite-se relaxado num tapete duro. A segunda pessoa segura o seu joelho e coxa e faz movimentos de dobrar e esticar.

Ajuda a erguer-se ou executar os exercícios


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Salmão e Maçã Podem Deter Avanço da Degeneração Macular

Estudo aponta que alimentos ampliam efeito de suplementos antioxidantes.
Jornal Folha de São Paulo - por Rachel Botelho

Um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado no "British Journal of Ophthalmology" concluiu que uma dieta rica em ômega 3 -ácido graxo encontrado em peixes gordurosos como o salmão - e em alimentos com baixo índice glicêmico, como a maçã e o pão integral, pode reduzir a progressão da degeneração macular relacionada à idade e até mesmo deter o avanço da doença, nas formas exsudativa ou seca.
A pesquisa, multicêntrica e controlada, acompanhou cerca de 3.000 voluntários por um período de oito anos.

Trabalhos anteriores já haviam comprovado que a suplementação vitamínica com antioxidantes adia o aparecimennto da degeneração macular relacionada à idade e retarda sua evolução depois de instalada.
Agora, a nova pesquisa concluiu que a suplementação é ainda mais efetiva quando associada à ingestão de alimentos que são fonte de ômega 3 e que têm baixo índice glicêmico.
"Esse hábito alimentar deve ser incorporado à rotina das pessoas que têm risco de desenvolver a doença. O efeito é cumulativo e a longo prazo", afirma o oftalmologista Newton Kara José Junior, responsável pelo setor de catarata do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
"A degeneração macular relacionada à idade é uma importante causa de deficiência viisual e talvez a doença ocular mais prevalente para a qual o tratamento ainda é pouco eficaz", diz o médico. "Assim, todos os esforços para preveni-Ia devem ser valorizados."
• Diagnóstico

Segundo o oftalmologista, o risco de desenvolver o problema pode ser detectado em connsultas de rotina, por meio do exame de fundo de olho.
Todas as pessoas com mais de 50 anos e, principalmente, aquelas que têm olhos claros podem apresentar a doença e devem passar por avaliações periodicamente.

Salmão e maçã
Ingredientes
2 postas de salmão
1 maracujá
Suco de uma laranja
1 maça
1 limão
1 colher de açúcar
1 pitada de canela
1 pitada de noz moscada
Sal, margarina e azeite
Modo de preparo
Tempere o peixe com sal e ponha para grelhar
Retire e na mesma panela junte o Maracujá com o açúcar e deixe por dois minutos
Retire e regue sobre o peixe
Para acompanhar
Fatie a maça sem a semente e ponha em água com limão
Aqueça margarina e ponha as fatias de maça
Tempere com canela e noz moscada
Junte o mel e deixe em fogo brando
Retire e sirva como acompanhamento de seu peixe
BOM APETITE

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Esclerose Múltipla - Trabalho de neuro

O que é a Esclerose Múltipla? (Explicação ilustrada)

SEJA UM }{ V O L U N T Á R I O }{









A palavra solidariedade é um substantivo, que pode ser entendida como uma ATITUDE !
Atitude de apoio, proteção e cuidado com alguém, que de certa forma se encontra fragilizado.
Faça parte desta corrente do bem e se torne um voluntário da ABEM.

Você pode escolher em que área gostaria de atuar como voluntário:
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Estagiário
Profissionais da medicina
Profissionais de outras áreas como: marketing, comunicação, financeiro,
Organização de eventos
 Peça mais informações no tel: (11) 5587-6050, por email: abem@abem.org.br.
LOCALIZAÇÃO
Av. Indianápolis, 2752 - 04062-003 - São Paulo – SP – Brasil
Fone: (11) 5587-5584 / Fax: (11) 5581-9233 / abem@abem.org.br



AJUDE SEJA PARTICIPÁTIVO

Ajude esta causa!
Precisamos da sua imediata ajuda neste mês de JANEIRO/2011 bem como de todos os PORTADORES DE ESCLEROSE MÚLTIPLA NO BRASIL, para fazer com que a população Brasileira trate "os desiguais de forma igual", na IGUALDADE DE CONDIÇÕES, na de Divulgação Nacional do DIA 30 DE AGOSTO, bem como, da CONSCIENTIZAÇÃO da Doença Neurológica ESCLEROSE MÚLTIPLA, no BRASIL na INÉDITA CRIAÇÃO DE SECRETARIA PARA EM em nosso país !!!
MANDE HOJE MESMO SUA CARTA E DEMAIS ASSINADA  com todos nomes, endereços e telefones de contato dos interessados, AMIGOS, FAMILIARES, SIMPATIZANTES dos portadores de Esclerose Múltipla no Brasil, dirigidos A Presidência da República 
Aos cuidados de Blanche Bittencourt Deputada Federal Suplente PT Diplomada pelo TRE/RJ em 1 7/12/2010.
BLANCHE BITTENCOURT
Deputada Federal PT Suplente Diplomada pelo TRE/RJ
(21)91419850
(21)38745287
blanchinhaa@hotmail.com
  
APOIO ABEM – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESCLEROSE MÚLTIPLA 


Resposta da Secretaria do Estado da Saúde/Brasília!
Veja abaixo o assinado e a solicitação da Diretora Superintendente Suely Berner da ABEM, quanto à providência de paralisação da dispensação de medicamentos para tratamento de Esclerose Múltipla, e a intervenção da Secretaria de Estado da Saúde junto ao órgão responsável em Brasília, pedindo imediata regularização!!!





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Merck KGaA retira pedido de aprovação na UE para fármaco para esclerose múltipla




A Merck KGaA recuou no seu pedido de aprovação à entidade reguladora europeia buscando para a cladribina para o tratamento da esclerose múltipla remissiva recidivante, anunciou a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) na quinta-feira, de acordo com o site FirstWord.

A EMA disse que a decisão da empresa foi feita em resposta a um parecer do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP), da EMA, que foi confirmado no mês passado, que indicava que os dados disponíveis até à data não permitiam a emissão de uma recomendação positiva sobre a terapia oral.

Um porta-voz da farmacêutica confirmou o recuo no pedido de aprovação e disse que a companhia iria continuar os estudos em andamento, sendo que poderá solicitar a aprovação de comercialização do composto novamente numa fase posterior.

A Merck apresentou o pedido de aprovação na Europa em Julho de 2009, mas os reguladores rejeitaram em Setembro do ano passado e Janeiro deste ano, citando casos de cancro que surgiram durante os ensaios clínicos.

O fármaco, que se aprovado teria sido comercializado com o nome Movectro®, foi aprovado na Rússia no ano passado, sendo que uma decisão dos órgãos reguladores dos EUA está prevista para o final do mês.

Nos EUA, o Gilenya® (fingolimod) da Novartis tornou-se o primeiro tratamento oral para a esclerose múltipla a chegar ao mercado, quando foi aprovado em Setembro passado.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Marcílio Floresti expõe no Hemocentro

16/02/2011 07:00:09

Marcílio Floresti expõe no Hemocentro

Artista descobriu a pintura após problema de saúde

Vai até o dia 8 de março a Exposição de Artes Plásticas do Hemocentro da Famema (Faculdade de Medicina de Marília). O talento e a criatividade do artista plástico Marcílio Alberto Floresti podem ser vistos na mostra, que é aberta ao público e faz parte de projeto de humanização da unidade de hematologia e hemoterapia.

“Tenho esclerose múltipla e a pintura é uma terapia para mim. As dificuldades que tenho não aparecem quando estou em frente às telas. Algumas imagens são recordações de minha infância”, contou Marcílio, que pinta quadros há quatro anos.


As paisagens são as cenas preferidas do artista, mas ele fala com orgulho de outras obras como silhueta de mulher, cabeça em pensamentos, vasos, frutas, entre outros.


Marcílio não havia tido contato com a pintura até diagnosticar o problema de saúde, em 2001. Ele conta que ficou muito tempo “encostado” e em 2006 foi para as aulas com a professora Marília Napi.

“Foi muito bom, gostei, quando estou pintando entro na tela, esqueço de tudo, nem sei explicar como é, só o artista sente, é muito delicado.”

A assistente social do Hemocentro, Dayane Galletti, comentou que os doadores admiram as obras. “O ambiente fica mais harmônico com as obras e por esta razão abrimos espaço para artistas plásticos realizarem exposições na nossa unidade”.

As visitações podem ser feitas no horário de funcionamento do Hemocentro, das 7h às 18h de segunda a sexta e das 7h às 12h aos sábados. A unidade fica na rua Lourival Freire, 240 - ao lado do Fórum e o telefone para informações é 3402-1850


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Biblioteca Central - UFRGS: Dr. Google e seus bilhões de pacientes

Biblioteca Central - UFRGS: Dr. Google e seus bilhões de pacientes

DEGENERAÇÃO MÁCULAR

Descoberta pode levar a cura para cegueira


Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu uma pista para uma das maiores causas de cegueira, a degeneração macular relacionada com a idade, que não tem cura. O estudo, que está na publicação Nature, encontrou a enzima conhecida como DICER1, que quando para de funcionar causa a doença. Isso pode levar a uma cura no futuro, segundo a notícia da BBC.
um dos órgãos mais complexos do corpo humano
DEGENERAÇÃO DA MÁCULA© istockphoto.com / Seb Chandler

A mácula é a parte do olho que fica no centro da retina e é responsável pela definição de detalhes no centro do campo de visão. Conforme a doença progride, essa visão central se diminui, causando uma dificuldade em ler, dirigir e reconhecer pessoas. A doença afeta 1 em cada 50 pessoas com mais de 50 anos, e 1 em cada 5 pessoas com mais de 85 anos. A causa exata é desconhecida, mas os fatores de risco são fumo, pressão alta e familiares com a mesma doença.

Os pesquisadores notaram que a enzima DICER1 era menos ativa na retina de pessoas com a forma mais comum da doença e, quando desativavam o gene que faz essa enzima em ratos, as células da retina ficavam danificadas. "Essa parte é muito importante para o quebra-cabeça sobre a doença, e precisamos juntá-la com outras descobertas", diz Ian Grierson, da Universidade de Liverpool.

As descobertas ainda precisam ser validadas por outras pesquisas. A vida dos pacientes de hoje não sofrerá nenhuma mudança, mas a pesquisa pode levar a novos tratamentos a longo prazo.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"Descubra os benefícios da meditação"

A ciência começa a comprovar o que nós, esotéricos, já sabemos pela nossa própria experiência há milhares de anos: a meditação promove melhorias efetivas das nossas funções cerebrais. Uma matéria, publicada na Folha de S. Paulo esta semana, falava de estudos feitos por uma grande universidade americana, que comprovam através de ressonâncias, que a meditação aumenta a massa cinzenta cerebral, assim como o número de neurônios que possuímos.

A descoberta vai além do que já conhecíamos e é sempre interessante ver que a ciência cada vez mais se abre para antigos recursos que até então eram negados. Nessa matéria eles citam a meditação budista, mas certamente através de todas as técnicas meditativas podemos alcançar os resultados apresentados.

Na lista de benefícios, encontramos a melhora dos sintomas da esclerose múltipla e de outros já conhecidos como a melhora da depressão, o equilíbrio da pressão arterial, a diminuição do estresse e do colesterol ruim, entre outras. O mais importante de tudo isso é que os resultados podem ser sentidos em apenas oito semanas de prática, com 45 minutos da mesma diariamente, mesmo que feitas por iniciantes. Os estudos comprovam que a meditação traz uma melhora significativa em regiões que envolvem a aprendizagem, memória e emoções.

Para os que praticam a meditação já há algum tempo, esses dados são interessantes, na medida em que entendemos os motivos do bem-estar e das mudanças que ocorrem em nossas vidas, em algumas semanas de prática. O que há de mais interessante em tudo isso é que com a comprovação científica muito mais pessoas poderão se beneficiar dessa milenar prática melhorando sua saúde e qualidade de vida. O que há de novo de fato na pesquisa e da maior importância para todos nós é o aumento do número de neurônios. Até então acreditávamos que apenas perdíamos neurônios durante a vida. Com essas novas e interessantes pesquisas podemos ver que eles podem nascer em qualquer fase da vida através de determinadas atividades que podem mudar nossa estrutura cerebral. Mais um passo dado em direção a Aquário. A promessa esotérica de que ciência e espiritualidade se uniriam definitivamente começa a ser cumprida.
Entre os benefícios estão a melhora dos
sintomas da esclerose múltipla, da depressão
e o equilíbrio da pressão arterial

SPEM § ENCONTRO - LISBOA § SPEM

SPEM - ENCONTRO - INFORMAÇÕES
Os “Encontros à Volta da Esclerose Múltipla” decorrerão na sede da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla e são de entrada livre. Dirigem-se a todos os Portadores de EM, a todos os familiares e a todos os interessados que, por um motivo ou outro, se viram confrontados com a necessidade de conhecer mais acerca desta patologia.




Os “Encontros à Volta da Esclerose Múltipla” não ambicionam encontrar respostas últimas para as inúmeras questões que cercam o universo da EM, mas antes promover a reflexão na qual assenta a busca pelo conhecimento.

Estudo britânico descobre forma de ‘reparo’ da esclerose múltipla

O estudo abre a possibilidade de estimular o cérebro a reparar os danos

Cientistas britânicos identificaram uma forma de estimular o sistema nervoso a regenerar-se nos casos de esclerose múltipla.

Os estudos, publicados na revista Nature Neuroscience, foram realizados em ratos nas Universidades de Cambridge e Edimburgo, na Escócia. A pesquisa identificou uma forma de ajudar as células-tronco no cérebro a reparar a camada de mielina, necessária para proteger as fibras nervosas.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica que destrói a mielina, uma camada que isola as fibras do sistema nervoso central, causando sintomas como visão embaçada, perda de equilíbrio e paralisia.

Em cerca de 85% dos casos, os pacientes têm uma forma de esclerose múltipla chamada de recaída/remissão, na qual as "crises" que incapacitam a pessoa são seguidas de uma recuperação de um nível da função física perdida. Nesta forma da doença, parece haver um reparo natural da mielina.

Mas, cerca de 10% das pessoas são diagnosticadas com a forma progressiva da esclerose múltipla, na qual o declínio avança sem qualquer período de recuperação.

Além destas pessoas, os pacientes com a forma recaída/remissão da doença também podem desenvolver a chamada esclerose múltipla progressiva secundária, que afeta o paciente da mesma forma que a progressiva.

Os cientistas têm tentado desenvolver tratamentos justamente para estes dois grupos.

Regeneração
Nos casos de esclerose múltipla a perda da camada de mielina, que funciona como uma camada de isolamento, leva ao dano nas fibras nervosas do cérebro.
Estas fibras são importantes por enviarem mensagens para outras partes do corpo.

A pesquisa britânica identificou uma forma de estimular as células-tronco do cérebro para que elas regenerem estas fibras. E também mostraram como este mecanismo pode ser explorado para fazer com que as células-tronco do cérebro melhorem sua capacidade de regeneração da mielina.

Com isso, os cientistas esperam poder ajudar a identificar novos medicamentos que estimulem o reparo da mielina nos pacientes que sofrem com a doença.

"Esta descoberta é muito animadora, pois pode abrir o caminho para elaborar medicamentos que vão ajudar a reparar o dano causado a camadas importantes que protegem as células nervosas no cérebro", afirmou o professor Charles ffrench-Constant, da Sociedade para Pesquisa em Esclerose Múltipla da Universidade de Edimburgo.
"Terapias que reparam o dano (causado pela doença) são o elo perdido no tratamento da esclerose múltipla”, afirmou o professor Robin Franklin, diretor do Centro para Reparo de Mielina na Universidade de Cambridge.

“Neste estudo identificamos um modo pelo qual as células-tronco do cérebro podem ser estimuladas a fazer este reparo, abrindo a possibilidade de um novo medicamento renegerativo para esta doença devastadora”, acrescentou.

Anos

Instituições de caridade britânicas, voltadas para tratamento de esclerose múltipla, afirmaram que, apesar de ser uma notícia animadora, ainda serão necessários alguns anos antes de um tratamento ser desenvolvido.

“Este é o começo de um estudo, em roedores, mas será muito interessante observar como se desenvolve”, afimou Pam Macfarlane, diretora-executiva da instituição de caridade voltada para pacientes com esclerose múltipla MS Trust.

A pesquisa britânica foi financiada por instituições americanas, a MS Society e National MS Society.

“Para pessoas com esclerose múltipla esta é uma das notícias mais animadoras dos últimos anos”, afirmou Simon Gillespie, diretor-executivo da MS Society.

“É difícil colocar em palavras como esta descoberta é revolucionária e como é importante continuar com as pesquisas em esclerose múltipla.”
Consulta

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

DOR & COMPORTAMENTO

 "O nosso trabalho tem a ver com o poder da mente" (frases de Theo).

Por que orações são atendidas? No artigo “Espiritualidade e Genética”, Guaraciara Maia informa que “algumas pesquisas estão comprovando a importância dos nossos sentimentos, das nossas emoções e o quanto elas são responsáveis pelo nosso estado de saúde ou doença. Muitos pesquisadores estão trabalhando na área da neurociência, procurando entender o que acontece no cérebro das pessoas que oram, que meditam, que tem fé”. Vários cientistas estão chegando à conclusão de que todos nós temos o poder de ativar genes benéficos ou maléficos. O Dr. Kazuo Murakami, um dos cientistas que decodificou o genoma humano, em seu livro O Código Divino da Vida, tenta provar a hipótese de que “felicidade, alegria, inspiração, gratidão e oração ativam genes benéficos”. “Precisamos ter uma visão mais ampla da vida e nos empenhar para encontrar o lado positivo de tudo que vivemos”, completa Murakami.

Em o livro “Libertação”, André Luiz afirma: “Dirija um homem a sua vontade para a ideia de doença e a moléstia lhe responderá ao apelo, com todas as características dos moldes estruturados pelo pensamento enfermiço...”

O ser humano detém, não somente a possibilidade da auto cura, mas também da auto doença. Se assume constantemente a condição de vítima ou empolga-se com suas dores e doenças, com certeza, estará retro alimentando as suas desgraças. Mas se esforça-se para valorizar as coisas positivas da sua vida, se encara as situações desagradáveis como aprendizado, valoriza os momentos felizes, cultiva a alegria, a gratidão e a oração, sem dúvida, estará ativando seus genes benéficos. E se, mesmo sabendo que alguns sofrimentos são merecidos, ainda assim reage, valoroso, contra o mal de si mesmo e à sua volta, “encontra imensos recursos de concentrar-se no bem, integrando-se na corrente de vida vitoriosa (Libertação, André Luiz).

A proposta do cientista Dr. Kazuo Murakami deve ser levada muito a sério: “felicidade, alegria, inspiração, gratidão e oração ativam genes benéficos”.Médicos terrestres ou do espaço auxiliam, mas a CURA é sempre AUTO CURA. Isto é, depende do nosso comportamento. Não somos vítimas indefesas do destino e da má sorte. Bons pensamentos e bons sentimentos curam, previnem, acalmam, clareiam e equilibram a mente. Más vibrações atraem doenças e dores. A ciência está a um passo de comprovar que o nosso bem-estar depende de nós mesmos. Preservemos a nossa ligação com o bem e com o divino. São a fonte da nossa saúde física e espiritual. (O autor, Sidney Francez Fernandes, é colaborador de Opinião)

Sidney Francez Fernandes
 


Meditação altera fisicamente o cérebro

Estudos prévios conectando a pratica da meditação com redução da pressão arterial.

Um trabalho recém-publicado promete agitar essa linha de pesquisa ao mostrar que 16 voluntários que seguiram práticas de meditação durante meia hora por dia apresentaram alterações físicas notáveis no cérebro após 8 semanas. Regiões relacionadas com memória, aprendizado, empatia e estresse foram significativamente alteradas (Holzel e colegas, “Psychiatry Research”, 2011).

As imagens cerebrais foram capturadas por scanner MRI e mostraram aumento da massa cinzenta no hipocampo (região relacionada com memória e aprendizado) e redução na amígdala (relacionada com ansiedade e estresse) depois do treinamento. Essas são alterações fisiológicas reais, determinadas por métodos conhecidos em neurociência. Interessante notar que não houve alteração na ínsula, uma região do cérebro responsável pelo reconhecimento e atenção de si próprio. Os autores especulam que um treinamento maior poderia alterar essa região também.
A meditação escolhida pelos cientistas não tinha nenhuma relação religiosa, é conhecida como “mindfulness meditation”. Esse tipo de meditação tem como meta eliminar qualquer preconceito de sensações e sentimentos durante momentos de introspecção. A ideia da prática é focar em objetos visuais ou mesmo sensações ou respiração, evitando a dispersão da mente e prestando atenção na resposta do corpo.

Obviamente o cérebro humano é bem complexo e fazer a ligação entre essas alterações e uma melhor qualidade de vida não é simples. Um outro estudo demonstrou que praticantes da meditação ativam de forma diferenciada regiões do cérebro relacionadas com empatia ao ouvir sons de pessoas sofrendo (Lutz e colegas, “PLoS One”, 2008). Mas o que isso realmente significa? Teriam eles mais compaixão? É realmente difícil determinar causa e consequência nesse tipo de experimento em humanos.

De qualquer forma, é possível extrair duas grandes lições desse trabalho. Primeiro, o cérebro é muito mais plástico do que os cientistas imaginavam a 5 ou 10 anos atrás. Leva-se mais tempo para alterar músculos do que o cérebro. Segundo, a forma como nos sentimos (calmos, estressados ou ansiosos) é seguida, ou pelo menos correlacionada, com indicadores estruturais reais em nossos cérebros. A distância entre a mente e o cérebro ficou menor

(Scheneider e colegas, “Circulation”).
G1.com.br

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Esclerose múltipla ganha primeira medicação oral

Doença neurológica de caráter inflamatório e neurodegenerativo, a esclerose múltipla ganhou mais uma opção de tratamento, que só está disponível para comercialização na Rússia. Pelo menos, por enquanto. O diferencial desse fármaco é que se trata da única medicação oral para controlar essa enfermidade que afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo. Batizado de cladribina, o remédio da Merck Serono é indicado para redução de surtos em pacientes com esclerose múltipla.

A aprovação dele foi conquistada com base nos resultados do estudo Clarity (sigla para Cladribine tablets treating MS orally), realizado com aproximadamente 1,3 mil pacientes.

O trabalho demonstrou que a utilização da medicamento oral diminuiu significativamente os surtos da doença. Além disso, os pacientes que receberam esse remédio tiveram, após o uso por 96 semanas, diminuição na progressão da doença e em sua atividade. Esses dois benefícios foram detectados através da ressonância magnética.

O diretor da área farmacêutica da Merck, Elmar Schnee, afirma que a empresa está aguardando novas aprovações de entidades regulatórias num futuro próximo. Em junho, a cladribina foi submetida para a aprovação do Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória responsável pelo setor nos Estados Unidos. De acordo com as previsões da empresa, o remédio deve ser comercializado em 2011.

* Saiba mais sobre esclerose múltipla

É uma doença de difícil diagnóstico, o que pode atrasar o tratamento e impactar negativamente a qualidade de vida do paciente. A doença afeta o sistema nervoso central e geralmente acomete adultos jovens. Entre os principais sintomas, estão fraqueza, dormência ou formigamento dos membros, além de distúrbios visuais e cognitivos.

Por ser uma doença crônica, a manutenção do tratamento ainda é um dos grandes desafios para o controle da patologia. A adesão ao tratamento permite postergar a progressão da enfermidade e reduzir a frequência de surtos, o que melhora a qualidade de vida do paciente. No Brasil, estima-se que exista uma média de 15 casos a cada 100 mil pessoas, sendo as mulheres duas vezes mais atingidas que os homens.

Infelizmente, a causa da esclerose múltipla ainda é desconhecida. Sabe-se que o paciente nasce com uma predisposição genética e que alguns fatores ambientais, como exposição solar, tabagismo e alguns tipos de vírus funcionam como um gatilho para o desencadeamento do transtorno.

Anti-histamínicos podem ser usados no tratamento de esclerose múltipla



Uma pesquisa publicada no Journal of Leukocyte Biology afirma que anti-histamínicos, usados normalmente no tratamento de alergias, podem passar a serem usados também em pacientes com esclerose múltipla

A histamina é um neurotransmissor envolvido nas reações alérgicas e em outros processos patológicos e fisiológicos. Seu papel está relacionado a reações hiper-sensitivas, dilatando vasos sanguíneos e tornando suas paredes permeáveis, facilitando o movimento das células imunológicas.

Os cientistas usaram um rato com esclerose múltipla e analisaram efeitos diretos da histamina em linfócitos causadores da doença; Os resultados mostraram que a histamina reduziu a proliferação de citocinas envolvidas na inflamação do cérebro e nos danos sofridos pelos neurônios, passos importantes no desenvolvimento da esclerose múltipla.

“Essa pesquisa é muito animadora por diversas razões. Primeiro, ela aponta para conexões inesperadas entre caminhos envolvidos na auto-imunidade e alergia, e sugere conexões previamente não reconhecidas entre esses tipos bem diferentes de respostas imunológicas. Segundo, enquanto estender estudos em modelos animais para humanos demanda mais trabalho, esses novos dados apontam para um novo alvo potencial para medicamentos para esclerose múltipla e possivelmente outras doenças auto-imunes ou do sistema nervosos central”, diz John Wherry, editor chefe do periódico.


http://www.expressomt.com.br/noticiaBusca.asp?cod=117932&codDep=3

EXERCÍCIOS PARA PORTADORES DE "EM"

O conhecimento científico sobre a prática de exercícios físicos por pessoas com EM avançou significativamente nas últimas duas décadas. Nesse período, pesquisadores passaram a considerar a participação de pessoas com EM em programas que envolvessem exercícios em meio aquático, com ciclo ergômetros e com exercícios resistidos.

Considerando as capacidades, limitações e objetivos pessoais de cada indivíduo pode-se estabelecer o programa mais adequado de exercícios físicos. De maneira geral recomenda-se exercícios de volume e intensidade moderada, com sessões em dias intercalados que permitam sua adequada recuperação.

Exercícios aquáticos
Exercícios aquáticos são apropriados para pessoas com EM. A flutuabilidade e viscosidade, características do meio aquático, reduzem o impacto da gravidade e conferem maior equilíbrio e amplitude de movimento de músculos muito fracos para desempenhar a mesma tarefa em terra. Temperaturas entre 27 e 29° C parecem ser ideais, principalmente para pessoas com sensibilidade ao calor, embora, para algumas pessoas, seja tolerável temperatura até 34°C (PETERSON, 2001). Apesar do efeito desejado de dissipação do calor em meio aquático, temperaturas abaixo de 27° não são recomendadas devido ao risco de aumento da espasticidade (WHITE e DRESSENDORFER, 2004).

O desenvolvimento das capacidades de força e resistência muscular localizada podem ser alcançados em meio aquático pela participação em aulas conhecidas como hidroginástica ou hidroterapia. Esse tipo de atividade é freqüentemente ofertado por academias de ginástica e natação, consistindo na aplicação de exercícios específicos. O incremento da intensidade do esforço pode ser alcançado com a utilização de aparelhos específicos como caneleiras, coletes e halteres. Já para a melhora do condicionamento aeróbio podem ser administradas sessões de natação, na medida em que essas não signifiquem esforços muito intensos que elevem significativamente a fadiga.

Exercícios aeróbios

Os programas para desenvolvimento da capacidade aeróbia de pessoas com EM, claramente incorporam as orientações do ACSM (POLLOCK et al, 1998). Nos estudos realizados, basicamente encontra-se a seguinte estrutura:

Freqüência de treinamento: ao menos 3 dias por semana.

Intensidade de treinamento: 65 – 70% da freqüência cardíaca máxima, ou 55-60% do VO2max.
Duração do treinamento: 30 minutos de atividade aeróbica contínua ou intervalada.
Modalidade de treinamento: ciclo ergômetro horizontal ou vertical de pernas e braços.
Atividades de aquecimento são consideradas importantes, dada a coerência em sua adoção por preparar fisiologicamente o organismo para a tarefa principal. Apontamos como principais as rotinas de alongamento, atividades lúdicas ou mesmo a realização do exercício principal do programa em menor intensidade. Medidas de freqüência cardíaca podem ser úteis para o acompanhamento da intensidade do esforço.

Para algumas pessoas com mínimo ou nenhum déficit motor pode-se incluir sessões de caminhada ou até mesmo de corrida. Como déficits de equilíbrio e coordenação motora são comuns nessa doença, a definição do método a ser adotado deve levar em consideração as possibilidades e interesses de cada participante.

Exercícios de fortalecimento muscular

Conforme fora proposto por Petajan e White (1999), a aplicação de exercícios para desenvolvimento da força muscular deverá seguir uma lógica crescente de funcionalidade onde, para aqueles com maior déficit motor sugere-se a aplicação de movimentos passivos, como lentos alongamentos para os principais grupos musculares. Para indivíduos com maior nível de força são indicados alongamentos ativos e exercícios resistidos, com ou sem a ação da gravidade e com número de repetições próximo ao nível da fadiga. Os autores sugerem atividades como Yoga e Tai Chi. Indivíduos com pouco ou nenhum déficit motor poderão seguir programas similares aos propostos para pessoas saudáveis:
Freqüência de treinamento: 2 – 3 sessões semanais.
Volume de treinamento:
8 – 10 exercícios resistidos dinâmicos (isotônicos) que envolvam grandes grupos musculares.
1 – 2 séries.
8 – 12 repetições máximas (repetição máxima é o número máximo de vezes que uma carga pode ser levantada antes da fadiga concêntrica e com execução correta da técnica do exercício)
Modalidade de treinamento: pesquisadores têm utilizado diferentes e eficazes modos de treinamento de força para pessoas com EM – máquinas e pesos livres (KASSER e MCCUBIN, 1996; WHITE et al, 2004), peso corporal contra a ação da gravidade aliado ao uso de coletes com pesos (DEBOLT e MCCUBBIN, 2004) e faixas elásticas com diferentes graduações (Theraband) (ROMBERG et al, 2004).
Considerando as possibilidades de cada aluno, a progressão de um treinamento para desenvolvimento de força em pessoas com EM pode sofrer grande variação no seu planejamento e progressão. Pessoas com pouco ou nenhum déficit muscular podem necessitar de modelos de periodização que alterem a intensidade e volume de treino ao longo do tempo para otimizar os ganhos de força. Em outros casos, a instalação precoce da fadiga poderá implicar na realização de um volume reduzido de exercícios, porém, configurando-se ainda como um estímulo suficiente para a manutenção ou mesmo o desenvolvimento da força.

Como em alguns casos há redução na velocidade de resíntese de fosfocreatina de pessoas com EM (KENT-BRAUN et al, 1994a), deve ser permitido um maior tempo de recuperação entre séries e entre exercícios que envolvam grupos musculares similares. Nesse sentido, o contato entre o profissional responsável pela orientação do programa de exercícios e o aluno será importante para a determinação do esforço e do tempo adequado de recuperação.

Exercícios de flexibilidade

As orientações básicas do ACSM são de que exercícios de flexibilidade sejam incorporados à rotina de exercícios e permitam o desenvolvimento ou manutenção da amplitude de movimento articular. Os exercícios deverão incluir os principais grupos musculares, com freqüência de 2 a 3 vezes por semana (POLLOCK et al, 1998). Para pessoas com espasticidade é recomendado o alongamento antes e após a sessão de exercícios. O alongamento deve ser realizado de maneira lenta e confortável, objetivando a redução do tônus muscular. Cada posição deve ser mantida por 20-60 segundos para máximo benefício (WHITE e DRESSENDORFER, 2004).

Lian Gong e Yoga

Uma outra possibilidade de exercícios físicos para pessoas com EM são as atividades conhecidas como orientais ou alternativas. Dentre as estudadas para pessoas com essa doença, destacam-se o Lian Gong e Yoga. Tais práticas são caracterizadas por lenta movimentação e manutenção de posturas pré-estabelecidas. Elas podem ser adaptadas conforme a necessidade de cada aluno, através do apoio em cadeira, parede ou mesmo pela realização das tarefas no solo. Dentre os benefícios, destacam-se a sensação de relaxamento, descoberta de novas sensações corporais, (USHIROBIRA, SIVIERO e TAVARES, 2005) e redução da fadiga (OKEN et al, 2005).
Orientações para a prática de exercícios físicos por pessoas com esclerose múltipla
Baseados em informações contidas nos diversos estudos divulgados na literatura científica e em nossa experiência com a orientação de exercícios físicos para pessoas com EM, exporemos, a seguir, alguns pontos que consideramos relevantes para uma orientação, segura e eficaz, de exercícios físicos para pessoas com EM:

Estabelecer contato com o médico do aluno a fim de obter informações relevantes para a elaboração do programa de exercícios físicos.
Cuidados para controle da fadiga.
Elaborar o programa contemplando a alternância de períodos de esforço e descanso.
Preferir o horário do dia em que o aluno menos sinta os efeitos da fadiga.
Cuidados para evitar o aumento da temperatura corporal.
Algumas estratégias têm sido sugeridas, incluindo o uso de salas climatizadas ou bem ventiladas, a adoção de práticas no período da manhã, hidratação adequada (MULCARE et al 2001) e imersão do corpo em água fria até a cintura, exceto em situação onde possa ocorrer exacerbação da espasticidade (WHITE, WILSON e PETAJAN, 1997).

Cuidados com a espasticidade.

Evitar temperatura em meio aquático, inferior a 27º.
Evitar exercícios com alta velocidade de contração.
Estabelecer o programa de exercícios físicos conforme as preferências do aluno e de acordo com suas capacidades. Em alguns casos, o aluno pode não ser capaz de atingir e manter uma intensidade de esforço suficiente para promover alterações no sistema aeróbio. Nesses casos, a opção por exercícios de fortalecimento muscular pode ser a melhor alternativa.
Facilitar o acesso a sanitários. Pessoas com EM freqüentemente apresentam urgência urinária.
Manter diálogo constante com o aluno. Esse hábito possibilitará ao profissional o reconhecimento do impacto diário da fadiga e, assim, facilitará o dimensionamento da carga e volume de cada sessão de treino.
Embora a prática de atividades em ambiente aquático seja indicada, faz-se necessário evitar temperaturas inferiores a 27°, devido ao risco de exacerbação da espasticidade, e superiores a 29°, pois algumas pessoas apresentam sensibilidade ao calor, podendo ter aumento da fadiga e presença de distúrbios oftalmológicos.

Evitar a prática de exercícios físicos em períodos de surto da doença. Após a recuperação do aluno a atividade poderá ser reiniciada e um novo programa deverá ser estabelecido.

O resultado de estudos publicados nos últimos anos tem apontado o aspecto salutar da adoção de um estilo de vida ativo por pessoas com EM. Desse modo, esperamos que a mudança do antigo paradigma de conservação de energia facilite às pessoas com EM a exploração e reconhecimento de suas capacidades e potencialidades, possibilitando a melhora de aspectos de sua qualidade de vida e em seu desenvolvimento pessoal. Finalmente, entendemos como fundamental que o profissional de educação física esteja preparado para o desafio de conduzir propostas de exercício físico para essa população, estando alicerçado pelo conhecimento mais recente de sua área e atento aos novos avanços. (…)


* Mestrando – Atividade Física, Adaptação e Saúde (FEF/UNICAMP).

** Médica Fisiatra, Livre-Docente, Professora do Departamento de Estudos da

Atividade Física Adaptada (FEF/UNICAMP).
Fonte: http://www.efdeportes.com/ Revista Digital – Buenos Aires – Año 11 – N° 99 – Agosto de 2006

Distimia


Características / Diagnóstico


Os traços essenciais da distimia são o estado depressivo leve e prolongado, além de outros sintomas comumente presentes. Pelo critério norte americano são necessários dois anos de período contínuo predominantemente depressivo para os adultos e um ano para as crianças sendo que para elas o humor pode ser irritável ao invés de depressivo. Para o diagnóstico da distimia é necessário antes excluir fases de exaltação do humor como a mania ou a hipomania, assim como a depressão maior. Causas externas também anulam o diagnóstico como as depressões causadas por substâncias exógenas. Durante essa fase de dois anos o paciente não deverá ter passado por um período superior a dois meses sem os sintomas depressivos. Para preencher o diagnóstico de depressão os pacientes além do sentimento de tristeza prolongado precisam apresentar dois dos seguintes sintomas:

Falta de apetite ou apetite em excesso
Insônia ou hipersonia
Falta de energia ou fadiga
Baixa da auto-estima
Dificuldade de concentrar-se ou tomar decisões
Sentimento de falta de esperança

Características associadas

Estudos mostram que o sentimento de inadequação e desconforto é muito comum, a generalizada perda de prazer ou interesse também, e o isolamento social manifestado por querer ficar só em casa, sem receber visitas ou atender ao telefone nas fases piores são constantes. Esses pacientes reconhecem sua inconveniência quanto à rejeição social, mas não conseguem controlar. Geralmente os parentes exigem dos pacientes uma mudança positiva, mas isso não é possível para quem está deprimido, não pelas próprias forças. A irritabilidade com tudo e impaciência são sintomas freqüentes e incomodam ao próprio paciente. A capacidade produtiva fica prejudicada bem como a agilidade mental. Assim como na depressão, na distimia também há alteração do apetite, do sono e menos freqüentemente da psicomotricidade.

O fato de uma pessoa ter distimia não impede que ela desenvolva depressão: nesses casos denominamos a ocorrência de depressão dupla e quando acontece o paciente procura muitas vezes pela primeira vez o psiquiatra. Como a distimia não é suficiente para impedir o rendimento, apenas prejudicando-o, as pessoas não costumam ir ao médico, mas quando não conseguem fazer mais nada direito, vão ao médico e descobrem que têm distimia também.

Os pacientes que sofreram de distimia desde a infância ou adolescência tendem a acreditar que esse estado de humor é natural deles, faz parte do seu jeito de ser e por isso não procuram um médico, afinal, conseguem viver quase normalmente.

Idade

O início da distimia pode ocorrer na infância caracterizando-a por uma fase anormal. O próprio paciente descreve-se como uma criança diferente, brigona, mal humorada e sempre rejeitada pelos coleginhas. Nessa fase a incidência se dá igualmente em ambos os sexos. A distimia é sub-dividida em precoce e tardia, precoce quando iniciada antes dos 21 anos de idade e partia após isso. Os estudos até o momento mostram que o tipo precoce é mais freqüente que o tardio. Por outro lado estudos com pessoas acima de 60 anos de idade mostram que a prevalência da distimia nessa faixa etária é alta, sendo maior nas mulheres. Os homens apresentam uma freqüência de 17,2% de distimia enquanto as mulheres apresentam uma prevalência de 22,9%. Outro estudo também com pessoas acima de 60 anos de idade mostrou que a idade média de início da distimia foi de 55,4 anos de idade e o tempo médio de duração da distimia de 12,5 anos.

A comparação da distimia em pessoas com mais de 60 anos e entre 18 e 59 anos revelou poucas diferenças, os sintomas mais comuns são basicamente os mesmos. Os mais velhos apresentaram mais queixas físicas enquanto os mais novos mais queixas mentais.

Curso

A distimia começa sempre de forma muito gradual, nem um psiquiatra poderá ter certeza se um paciente está ou não adquirindo distimia. O diagnóstico preciso só pode ser feito depois que o problema está instalado. O próprio paciente tem dificuldade para determinar quando seu problema começou, a imprecisão gira em torno de meses a anos. Como na maioria das vezes a distimia começa no início da idade adulta a maioria dos pacientes tende a julgar que seu problema é constitucional, ou seja, faz parte do seu ser e não que possa ser um transtorno mental, tratável. Os estudos e os livros não falam a respeito de remissão espontânea. Isso tanto é devido a poucas pesquisas na área, como a provável não remissão. Por enquanto as informações nos levam a crer que a distimia tenda a permanecer indefinidamente nos pacientes quando não tratada.

Tratamento

Os tratamentos com antidepressivos tricíclicos nunca se mostraram satisfatórios, as novas gerações, no entanto, vem apresentando melhores resultados no uso prolongado. Os relatos mais freqüentes são de sucesso no uso da fluoxetina, sertralina, paroxetina e mirtazapina.

Última Atualização: 15-10-2004

Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv 03 Liv 17 Liv 13 Psychiatry Research 2001; 103:219-228

Clinical Features of Dysthymia and Age

Silvio Bellino



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