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terça-feira, 15 de março de 2011

0 Regime de Evers Para Doentes Nervosos (Especialmente na Esclerose Múltipla)

0 Regime de Evers 


 Numerosas descobertas e observações inspiraram ao Dr. Evers a idéia de que uma grave doença nervosa, a esclerose múltipla, que começa com deformações inflamatórias na medula e no cérebro, seguidas de degenerescência do tecido nervoso, é apenas o último termo de uma alimentação defeituosa durante anos, como a que forçosamente traz consigo a desnaturalização dos alimentos. Apresenta, portanto, um regime curativo, no qual se suprime na medida do possível toda a desnaturalização; deste modo têm-se conseguido êxitos evidentes em casos leves ou pouco graves de esclerose múltipla, debatidos apaixonadamente nos Congressos Médicos e discutidos também noutras Clínicas.

Apesar de intensos trabalhos de investigação em todos os países civilizados, a verdade porém é que se tem chegado sempre ao resultado desanimador de que os tratamentos da esclerose múltipla estão destinados a malograrem-se sempre. Por isso, é possível que os bons resultados até agora alcançados pelo regime de Evers constituam um prometedor começo, que dê um novo incentivo ao estudo dos problemas relacionados com esta doença.

O regime assenta em idéias simples e claras que são, decerto, convenientes para toda a gente.

1. Os frutos, as raízes e o leite desempenham o papel fundamental, pois o homem toma-os apreciando-lhes perfeitamente o sabor, sem qualquer preparação nem amadurecimento.

2. Deixar os alimentos no modo mais natural possível.

3. Quanto menos se modificar um alimento para ter bom paladar, tanto mais valioso será para o homem.

A dificuldade assenta em que o regime e o paladar nem sempre se harmonizam. Mas a culpa não é do regime que se adapta completamente à natureza humana, e, sim, do nosso paladar. É que este tem-se vindo habituando mal no homem moderno com a equivocada alimentação nas últimas décadas. E agora é difícil renunciar aos alimentos cozidos, assados, fervidos e carregados de especiarias.

O Dr. Evers mostra como aqueles povos que têm sabido manter-se fiéis à alimentação dos seus predecessores não registram, ainda hoje, nem um só caso de esclerose múltipla, ao passo que onde a alimentação é refinada surge a esclerose e é tanto mais freqüente quanto maior é o refinamento. Nos Estados Unidos essa doença constitui já um "agudo problema social".

Alimentos Utilizados no Regime de Evers - Segundo a prescrição do Dr. Evers são permitidos os seguintes alimentos: fruta crua, raízes cruas, leite cru, manteiga, flocos de aveia crus, pão integral, ovos crus e mel.

Entre as frutas figuram: maçãs, peras, ameixas, avelãs, nozes, sementes de girassol, feijão verde tenro, cerejas, uvas, pêssegos, groselhas, framboesas, amoras, laranjas, bananas, amêndoas, castanhas-dopará, flocos. amendoins, tomates, cereais (grãos de trigo e de centeio germinados) e frutos secos (tâmaras, figos, uvas passas).

Entre as raízes contam-se, principalmente, as cenouras e o nabo.

Depois de haver observado durante dez anos o efeito deste regime em mais de 2.500 doentes, julga o Dr. Evers (cujos doentes foram cuidadosamente observados por vários professores universitários) poder afirmar o seguinte: piora o estado de um doente com esclerose múltipla, apesar de todos os meios curativos, e finalmente o doente fica incapacitado para andar e tem de se manter no leito; e se, depois de aplicar um regime alimentar em igualdade das restantes condições (cada qual submete-se a um tratamento em sua casa, vivendo como dantes) e lentamente ao fim de alguns anos, o doente aprende a andar de novo, e finalmente fica plenamente capacitado para o trabalho, está justificada a conclusão de que as melhoras se encontram em relação causal com o regime alimentar prescrito. A condenação, anteriormente implacável, desta enfermidade, com o seu qualificativo de «incurável», deve desaparecer. A esclerose múltipla de hoje é curável (segundo o Dr. Evers).
Para os alimentos autorizados, acima mencionados, o Dr. Evers propõe as seguintes quantidades diárias:

1. Grãos germinados, 50-250 g.
2. Pão integral, 125 g (não mais).
3. Flocos de aveia,, 70 g (não mais).
4. Fruta e raízes, 500 g (ou mais).
5. Leite, um litro.
6. Manteiga, 30 g (ou mais).
7. Ovos, um (ou mais).
8. Nozes, 50-100 g (ou mais).



É um fator decisivo para a quantidade consumida o apetite do doente (três refeições por dia). Se se chegar a sentir repugnância por estes alimentos, então observar um dia de jejum rigoroso, bebendo-se apenas água pura. Devem preferir-se os alimentos próprios da estação, e quanto mais frescos melhor. Só a aplicação rigorosa durante muitos anos do regime que pode obter êxito. A mudança total da alimentação exige do médico e do doente grande confiança mútua, e no doente, inflexível vontade de se curar. O regime nunca pode prejudicar. Depois da cura, voltar-se-á paulatinamente a misturar com os alimentos crus outros cozidos ou assados. Mas os frutos, as raízes, o leite e os produtos lácteos devem continuar a ser os alimentos principais.

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