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segunda-feira, 7 de março de 2011

Exposição à luz solar reduz severidade da Esclerose Múltipla


Resultados mostram que aumento da oferta de vitamina D3 pode ser uma terapia segura, eficaz e barata para a condição


Exposição à luz solar pode reduzir severidade da esclerose múltipla (MS). A descoberta é de pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos.
Pesquisa estuda a relação entre o hormônio da vitamina D3 dependente da luz solar, células do sistema imunológico e o risco e a gravidade da auto-imunidade em um modelo experimental.
Tratamentos de primeira linha para MS reduzem modestamente a frequência dos ataques auto-imunes, mas não retardam a progressão da doença, quando o sistema imunológico do paciente opera contra os próprios tecidos do corpo. Tratamentos de segunda linha reduzem a progressão da doença, mas trazem riscos elevados.
Pesquisa indica que o abastecimento de vitamina D3 de um paciente (derivado principalmente da exposição à luz solar) está fortemente relacionado à atividade da esclerose múltipla e pode levar a menor progressão da doença e a menos ataques auto-imunes.
Resultados da pesquisa revelaram que pacientes com fontes mais elevadas de vitamina D3 têm menor número de ataques e progressão mais lenta da doença. Pesquisa sugere que o aumento da oferta de vitamina D3 pode ser uma terapia segura, eficaz e barata para a condição.
"A MS é uma doença genética e imunológica complexa", disse a autora Colleen Hayes. "Hoje é incurável, mas fatores ambientais, tais como a vitamina D3, podem deter a chave para prevenir MS e reduzir o impacto da doença em pacientes com esclerose múltipla."
A equipe de Hayes originalmente sugeriu que o hormônio D3 dependente da luz do sol (1,25-dihidroxivitamina D3) podem evitar os ataques auto-imunes que causam MS com base na forte correlação negativa entre a exposição solar e a prevalência de MS, a necessidade de luz UV para catalisar a formação da vitamina D3 e a presença de receptores para o hormônio da vitamina D3 em linfócitos T.
Eles propuseram que o hormônio da vitamina D3 pode agir sobre esses receptores para controlar os linfócitos T, responsáveis pela auto-imunidade.
Ação hormonal
Eles investigaram o efeito protetor do hormônio da vitamina D3 em um modelo experimental de rato com MS quando o receptor do hormônio estava presente ou ausente nos linfócitos T.
Resultados mostraram que os efeitos protetores dos hormônios eram apenas evidentes quando esses receptores estão presentes em linfócitos T auto-imunes.
"Nossos novos dados sugerem que a ação do hormônio da vitamina D3 diretamente sobre as células T patogênicas leva à eliminação dessas células", observou Hayes.
Ações do hormônio da vitamina D3 em outras células do sistema imunológico não foram descartadas, mas essas ações não foram suficientes para a proteção da auto-imunidade se o hormônio não pudesse agir sobre as células T patogênicas.
Esta informação é importante porque fornece uma explicação biológica plausível para a correlação negativa entre a exposição à luz UV e o risco e gravidade de MS", concluiu Hayes.
Hayes acredita que seu grupo de pesquisa e outros ao redor do mundo estão construindo a base de conhecimento científico necessário para a elaboração de estratégias baseadas na vitamina D para prevenir e tratar a esclerose múltipla.
"Há muitas incertezas e perguntas sem resposta. No entanto, a compreensão de como a luz solar e a vitamina D3 podem estar trabalhando em nível molecular, contribui muito para a nossa base de conhecimento e nos aproxima do objetivo de prevenir esta doença debilitante", concluiu ela.saúde net

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