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sábado, 29 de outubro de 2011

Palestra marca início de ambulatório inédito de Esclerose Múltipla

Medicina ABC 
 “Direitos jurídicos dos portadores de esclerose múltipla”

A Faculdade de Medicina do ABC inaugura em setembro nova fase do Ambulatório de Esclerose Múltipla. Há 3 anos apenas com consultas em Neurologia, o espaço pioneiro no Grande ABC ganha perfil multiprofissional e multidisciplinar ao incorporar áreas de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Otorrinolaringologia e Assistência Social. O início da nova etapa será marcado por palestra no próximo sábado (10 de setembro), às 9h, sobre “Direitos dos portadores de esclerose múltipla”. Sob responsabilidade da advogada Dra. Sumaya Caldas Afif, da ABEM - Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, o evento gratuito e direcionado ao público leigo ocorrerá na própria FMABC (Av. Príncipe de Gales, 821 - Santo André). Não é necessária inscrição prévia e os interessados podem se dirigir diretamente ao local.

Vinculado à disciplina de Neurologia, o novo Ambulatório de Esclerose Múltipla da Faculdade de Medicina do ABC funcionará às quintas-feiras, das 8h às 12h. O local receberá casos suspeitos encaminhados pelos próprios profissionais que atuam no campus universitário e pelo SUS via Unidades Básicas de Saúde das sete cidades do Grande ABC.

De acordo com a professora de Neurologia e coordenadora do ambulatório, Dra. Margarete de Jesus Carvalho, a ideia é que mensalmente o local ofereça eventos gratuitos e de orientação à população na área de esclerose múltipla e, futuramente, também em doença de Parkinson.

Jovens no alvo: Doença neurológica mais prevalente entre jovens na Europa e na América do Norte, a esclerose múltipla atinge aproximadamente 2 milhões de pessoas em todo o mundo. É mais comum em países de clima temperado e que acomete com maior frequência o público feminino, na proporção de 2 mulheres para cada homem. O problema tem maior prevalência em adultos entre 20 e 40 anos, raramente atingindo crianças e idosos.

De causa desconhecida, a esclerose múltipla é doença inflamatória crônica que afeta o sistema nervoso central. Assim como lúpus e diabetes, é uma doença autoimune, caracterizada quando o sistema imunológico deixa de reconhecer o organismo e passa a combater não apenas inimigos, como bactérias e vírus, mas também tecidos e células saudáveis. Na esclerose múltipla, o sistema imunológico agride a bainha de mielina – camada que envolve estruturas dos neurônios denominadas axônios. “Quando ocorre lesão inflamatória da bainha de mielina  do axônio, temos o chamado surto, cujos sintomas duram pelo menos 24 horas”, explica Dra. Margarete de Jesus Carvalho, professora da disciplina de Neurologia e coordenadora do Ambulatório de Esclerose Múltipla da FMABC.

A doença acomete diferentes partes do cérebro e da medula espinha. A ocorrência dos surtos é imprevisível. Entre os principais sintomas estão visão dupla (diplopia) ou perda súbita da visão, fadiga, tontura, perda total ou parcial da força muscular, tremores, falta de coordenação motora, dificuldade para andar, alterações de fala, de memória e de sensibilidade.

Apesar de não ter cura, o tratamento medicamentoso é bastante eficaz. Os objetivos são reduzir o número e a gravidade dos surtos, assim como a quantidade e a dimensão das lesões, além de retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.
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